Bom leitores, vcs devem ter percebido que mais uma vez fiz umas "pequenas" alterações no blog. Dessa vez não sei por que fiz, sei lá só deu vontade de mudar, e mudar é uma coisa que eu adoro!!
Mais agora vamos lá a um pouco de novidades. Esse fim de semana - 08/01/11 a 09/01/11 - li um livro super! O nome é Slam, autor Nick Horbny, o livro conta basicamente a história de Sam, que é um menino de 16 anos. A vida do Sam era como a de qualquer outro rapaz normal, ele ia para a escola, andava de skate enfim um cara normal. A coisa que mais diferenciava a vida dele de qualquer adolescente normal é que ele conseguia "falar" com o postêr do TH (Tony Hawk, que é um cara muito bom de skate mesmo, até eu que não ando nada de skate de ver as manobras dele posso dizer que ele é realmente bom), só que tipo o Sam não fala diretamente com o Tony, ele leu tantas vezes o livro do cara que aprendeu todas as falas e consegue se lembrar de falas que se adequem as coisa que ele quer, uma coisa bem legal, meio diferente mais legal.
A vida do Sam ia bem até que um dia ele conhece Alicia, em uma festa que ele é obrigado pelo mãe dele a ir, quando ele conhece a Alicia é quase amor instantaneo. Dai eles começam a namorar, eles começam a transar também, um belo dia as coisa saem "erradas" e por descuido eles fazem sem, passam-se umas semanas depois disso e Sam e Alicia terminam. No dia do niver do Sam a Alicia manda um torpedo para ele, no torpedo ela diz que precisa falar com ele urgentimente, ele logo descobre a razão para isso. Alicia está grávida! Ele fica com bastante medo, mais medo ainda da reação dos pais deles - por que a mãe dele tbm engravidou quando ela tinha 16 anos -, de tão assustado que ele fica ele resolve fugir, ele consegue, só que as coisas lá não saem bem como foram programadas e ele acaba tendo que voltar. Quando ele volta, acontece uma coisa bem estranha com ele, bem estranha mesmo, sabem o postêr do Tony? Então o postêr manda ele para o futuro! Só que tipo não são 50 anos no futuro e ainda não existem carros flutuantes e tudo o mais. O futuro é bem normal, lá no futuro Sam se encontra em uma situação bem desagradavel, Alicia teve mesmo o bebê (até momento ele ainda não sabia com certeza se ela estava grávida, tinha 99,99% ter certeza, só que 99,99% não é 100%), eles moram na casa da Alicia e dormem no quarto dela e ele descobre várias outras coisinhas tbm, só que isso deixo para vcs leitores descobrirem. Como não quero falar da história toda, se não vou contar o livro todo dai assim não tem graça ler depois, vou parando logo por aqui quanto a sinopse.
O legal desse livro é que ele tem uma lingaguem super jovem, eu li o livro e foi como se estivesse conversando com um amigo meu! Bem legal mesmo. Outro ponto interessante e que a gravidez de Alicia não é o ponto principal da história, o outro não procura mostrar os personagens como se fossem herois que vão conseguir aturrar essa barra de forma fácil, pelo contrario o autor mostra que eles tem medos e incertezas, como qualquer outro adolescente normal.
Super recomendo esse livro mesmo. Só uma coisa que me decpcionou e que infelizmente não achei ele digitalizado em lugar nenhum! Então eu mesma estou tendo que fazer essa parte, pode ser que isso demore um pouco para sair. Mas assim que terminar postarei aqui o link para o dowload.
Agora só para vcs terem um gostinho de como é o livro, vai ai o capitulo 01:
“As coisas estavam indo bastante bem. Na verdade, eu diria que uma onda de paradas maneiras vinha rolando há uns seis meses.
Por exemplo: mamãe se livrou do Steve, o namorado escroto dela.
Por exemplo: a minha professora de desenho me puxou de lado depois da aula e perguntou se eu já tinha pensado em fazer faculdade de arte.
Por exemplo: faz pouco tempo, aprendi duas novas manobras de skate, depois de passar meses fazendo papel de idiota em público. Acho que nem todos vocês são skatistas, por isso vou explicar logo uma coisa para evitar qualquer conclusão ridícula: skate = skatismo. Mas a gente praticamente não usa essa palavra, por isso essa será a única vez em que irei usá-la em toda essa história, até porque, skatismo sempre me lembra um monte de gente certinha sentada ao redor de uma fogueira, no meio do mato, o que é uma das coisas mais caídas da face da terra.
Além disso, eu tinha conhecido a Alicia.
(...)
Para contar esta história direito, sem tentar esconder coisa alguma, há algo que preciso confessar, porque é importante. É o seguinte: sei que parece idiotice, e geralmente não faço esse estilo. É sério. Quer dizer, eu não acredito em... sabem como é... fantasmas, reencarnação ou outras paradas esquisitas como essas. Mas isso foi simplesmente uma coisa que começou a acontecer, e... Tanto faz. Vou contar logo, e podem pensar o que quiserem.
Eu converso com Tony Hawk, e Tony Hawk me responde.
É bem provável que alguns de vocês, as mesmas pessoas que eram capazes de pensar que eu perdia meu tempo sentado ao redor de uma fogueira no meio do mato, jamais ouviram falar de Tony Hawk. Vou contar quem ele é, mas sou obrigado a dizer que vocês já deveriam saber. Não conhecer Tony Hawk é como não conhecer Robbie Williams, ou talvez até Tony Blair. Se a gente pensar bem, é pior do que isso. Porque existem montes de políticos, montes de cantores e centenas de programas de televisão. Provavelmente George Bush é até mais famoso do que Tony Blair. E Britney Spears ou Kylie são tão famosas quanto Robbie Williams. Mas só existe um skatista, na verdade, e ele se chama Tony Hawk. Está bem, não existe só um. Mas ele é sem dúvida O Cara. Ele é o J. K. Rowling dos skatistas, o Big Mac, o iPod, o X-box. Só quem não liga a mínima para skate pode ter uma desculpa aceitável para não conhecer TH.
Quando eu comecei no skate, minha mãe comprou um pôster do Tony Hawk pela Internet. Foi o presente mais legal que ganhei na vida, e nem foi o mais caro. Pendurei logo o pôster na parede do meu quarto, e simplesmente criei o hábito de contar coisas para o Tony. No começo, eu só falava com ele sobre skate. Contava os problemas que tinha, ou as manobras que inventava. Quando consegui dar meu primeiro rock'n'roll fui quase correndo até o quarto contar, porque sabia que aquilo significaria muito mais para um retrato de Tony Hawk do que para uma mãe da vida real. Não estou sacaneando a minha mãe, mas ela é totalmente sem noção. Quando eu falava de coisas assim, ela tentava parecer entusiasmada, mas seu olhar ficava completamente perdido.
- Ah, que maravilha - repetia ela. Mas se eu perguntasse o que era um rock'n'roll, ela não conseguiria me dizer. Portanto, o que adiantava?
Já Tony sabia. Talvez minha mãe houvesse comprado o pôster por isso. Para que eu tivesse outra pessoa com quem conversar.
As respostas começaram a vir logo depois que eu li o livro dele, Hawk - Profissão: skatista. Eu meio que já sabia como Tony falava, e também algumas coisas que ele dizia. Para ser sincero, meio que já sabia todas as coisas que ele dizia quando conversava comigo, porque tudo saía do livro dele. Eu já tinha lido aquilo quarenta ou cinqüenta vezes quando começamos a conversar, e depois disso li mais algumas. Na minha opinião é o melhor livro já escrito, e não só para quem é skatista. Todo mundo deveria ler, porque mesmo quem não gosta de skate consegue aprender alguma coisa. Tony Hawk já esteve por cima, por baixo, e no meio das coisas, tal como qualquer político, músico ou astro de novela. Em todo caso, como eu tinha lido aquilo quarenta ou cinqüenta vezes, já havia decorado quase tudo. Por exemplo: quando eu falei dos rock'n'rolls, ele disse: "Não é uma manobra muito difícil. Mas dá uma boa base para você aprender a se equilibrar e controlar seu shape na rampa. Mandou bem, cara!"
A frase "Mandou bem, cara!" foi a verdadeira conversa, se é que vocês me entendem. Era a parte nova, que eu inventei. Mas as outras eram palavras que ele usou antes, mais ou menos. Tá legal, não era mais ou menos. Eram exatamente as mesmas. De certa forma, eu até gostaria de não conhecer o livro tão bem, porque então poderia ter eliminado a frase "Não é uma manobra muito difícil". Não precisava ouvir isso depois de passar seis meses tentando acertar a parada. Preferiria que ele só dissesse: "Ei! Essa manobra dá uma boa base para você aprender a se equilibrar e controlar seu shape na rampa!
Mas seria desonesto eliminar "Não é uma manobra muito difícil". Quem pensa em Tony Hawk falando sobre rock'n'rolls ouve a voz dele dizendo: "Não é uma manobra muito difícil."
Eu pelo menos ouço. É só isso. Ninguém pode reescrever a história ou eliminar certos trechos porque é mais conveniente.
Depois de algum tempo, eu comecei a conversar com Tony Hawk sobre outras coisas... a escola, mamãe, Alicia, o que fosse. Descobri que ele também tinha algo a dizer sobre tudo isso. As palavras ainda vinham do livro, mas o livro é sobre a vida dele, e não só sobre o skate. Portanto, ele não fala só sobre sacktaps e shoveits.
Por exemplo: quando eu contava que tinha perdido a paciência com a mamãe sem motivo, ele dizia que eu era ridículo. Não en- tendo como meus pais não me amarraram com fita gomada, enfiaram uma meia na minha boca e me jogaram num canto qualquer.
E quando eu falava de alguma briga grande na escola, ele respondia: "Eu não me metia em encrenca, porque era feliz com a Cindy."
Cindy era a namorada dele na época. Para dizer a verdade, nem tudo que Tony Hawk dizia era útil, mas isso não era culpa dele. Se o livro não contivesse algo perfeitamente adequado, eu precisava encaixar algumas frases da melhor maneira possível. E o mais espantoso era que as idéias sempre faziam sentido depois de encaixadas, se você pensasse bem a respeito do que ele havia dito.
(...)
Só estou mencionando as conversas com TH aqui, porém, porque me lembro de ter contado a ele que as coisas estavam indo bem. Fazia sol, e eu havia passado a maior parte do dia em Grind City, que, como vocês talvez saibam, é uma pista de skate que fica a uma curta distância de ônibus da minha casa. Quer dizer, provavelmente vocês não sabem que o lugar fica a uma curta distância de ônibus da minha casa, porque não sabem onde eu moro, mas se forem descolados ou conhecerem alguém descolado talvez já tenham ouvido falar dessa pista de skate. Em todo caso, Alicia e eu fomos ao cinema naquela noite. Talvez fosse a terceira ou quarta vez que saíamos, e eu estava muito a fim dela. Quando cheguei em casa, minha mãe estava vendo um DVD com Paula, uma amiga dela.
(...)
Eu simplesmente fui para o meu quarto, porque não queria esse tipo de conversa com ela. Sentei na cama, olhei para TH, e disse:
- As coisas até que não andam mal.
- A vida é boa - ele concordou. - Nós nos mudamos para uma casa nova e maior numa lagoa, perto da praia. O mais importante é que a casa tinha um portão.
Como eu disse, nem tudo que TH fala é certeiro, mas não é culpa dele. É que o livro não é suficientemente longo. Eu gostaria que houvesse um milhão de páginas ali, porque a) provavelmente eu ainda não teria terminado de ler, e b) ele teria algo a me dizer sobre tudo.
Eu falei do meu dia em Grind City e das manobras que vinha treinando. Depois entrei em lances que normalmente esqueço nas minhas conversas com TH. Falei um pouco de Alicia. Contei como andava a vida da mamãe, e disse que Paula estava sentada onde Steve costumava ficar. TH não tinha muito a dizer sobre isso, mas por algum motivo achei que ele parecia interessado.
Isso parece loucura? Provavelmente parece, mas eu não ligo. É sério. Quem não conversa com alguém dentro da cabeça? Quem não conversa com Deus, com um bicho de estimação, com um ente querido que morreu, ou talvez apenas consigo mesmo? TH... ele não era eu. Mas era quem eu queria ser, o que faz dele a melhor versão de mim mesmo. Não pode ser uma coisa ruim ter a melhor versão de você mesmo parada ali na parede do quarto, te olhando. Faz você sentir que não pode falhar consigo mesmo.
Em todo caso, só estou dizendo que houve uma época... talvez tenha sido um dia, talvez alguns dias, eu já não me lembro... em que tudo parecia estar dando certo. E, obviamente, era hora de ir fazer uma cagada geral.
Legal né? Esperem até lê o resto.
1 comentários:
Amiga,amei o livro!E esse novo layout também.Vou esperar o livro pra download,hem?rs bjs
Oii, obrigada por comentar (:
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